ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P010

Poster (Painel)


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TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL UNIVERSAL: PROGRAMA DE INTERVENÇÃO AOS PAIS OU RESPONSAVEIS DOS NEONATOS DE UMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL – PR.

Autores:
TOMIASI, A.A.1, SILVA, D.C.1, BAYER, D.A.S.1, SAPIEZCINSKI, J.1, CUNHA, J.T.1, MARTINS, T.S.1
1 FAG - Faculdade Assis Gurgacz

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: O desenvolvimento da linguagem depende basicamente da percepção auditiva correta, decodificação e processamento da informação, sendo que qualquer dificuldade neste sentido resultará em prejuízos na comunicação. A intervenção precoce na criança com deficiência auditiva fará com que os danos causados tanto na linguagem quanto na fala sejam minimizados. Com a finalidade de detectar a alteração precocemente surgiu o Programa de Triagem Auditiva Neonatal Universal – TANU, que prevê a realização do teste em todos os bebês, mesmo os que não apresentam fatores de risco para a deficiência. No entanto, os estudos vêm demonstrando índices de evasão que são considerados o principal obstáculo para o sucesso do programa. Dentre os motivos apontados, os autores relataram a falta de informação dos pais ou responsáveis quanto às causas, os sintomas e as consequências da deficiência para o desenvolvimento da criança. Objetivo: Verificar se a aplicação do programa de orientação em âmbito hospitalar com as mães ou responsáveis reduz o índice de evasão ao teste da orelhinha. Metodologia: A instituição hospitalar dispõe de um Programa de Triagem Auditiva Neonatal Universal, que é ofertado gratuitamente a todas as crianças que ali nascem pelo Sistema Único de Saúde, porém, o teste da orelhinha é realizado em outro local, logo após a alta hospitalar. A coleta dos dados ocorreu em dois momentos, formando dois grupos. No primeiro momento foi realizado um levantamento de 100% dos bebês nascidos nos meses de Março, Abril e Maio do ano de dois mil e quatorze e que compareceram para a realização do exame, formando o grupo 1. No segundo momento, constitui-se o grupo 2, sendo estabelecido por 30 mães ou responsáveis que participaram do Programa de Orientação Fonoaudiológica. Posteriormente foram verificados quais destes compareceram ao teste da orelhinha. Resultados: No primeiro momento, pode-se observar que 40 (43%) compareceram ao teste dos 92 (100%) dos bebês nascidos no mês de Março, 49 (60%) foram submetidos ao exame dos 82 (100%) nascidos no mês de Abril e apenas 13 (12%) vieram para realização do teste da orelhinha dos 112 (100%) nascidos no mês de Maio. Em relação ao segundo momento, das 30 (100%) mães ou responsáveis que foram orientados, 19 (63%) compareceram para realização do teste. Conclusão: O programa de orientação originou um progresso no índice de comparecimento ao teste, entretanto, não contemplou o que propõe a TANU que tem como finalidade realizar a triagem auditiva em 100% dos bebês. Desta forma, para contribuir na redução da evasão sugerimos que o teste seja realizado em âmbito hospitalar juntamente com um programa de capacitação da equipe multidisciplinar sobre a saúde auditiva, bem como, orientação aos pais ou responsáveis sobre o teste.

Palavras-chave:
 Audição, Triagem Auditiva Neonatal Universal, Índice de Evasão